ENFERMAGEM 2010
terça-feira, 29 de março de 2011
TRICOMONÍASE VAGINALIS
Trichomonas vaginalis: protozoário responsável pela tricomoníase.
A tricomoníase, também chamada de uretrite, vaginite por Trichomonas, uretrite não gonocócica ou UNG; é uma doença causada pelo protozoário flagelado Trichomonas vaginalis. Sua transmissão se dá por meio de relações sexuais desprotegidas ou contato íntimo com as secreções de indivíduo infectado. O período de incubação varia entre duas e três semanas.
A maioria das pessoas acometidas não tem manifestações sintomáticas e, por isso, muitas vezes a infecção só é descoberta ao se fazer exames preventivos – daí a importância de se visitar, ao menos uma vez ao ano, o ginecologista ou urologista, no caso de pessoas do sexo masculino. Quando os sintomas aparecem, incluem dor ao urinar ou ao ter relações sexuais, ardor e coceira na região genital. Além disso, mulheres podem ter corrimento amarelo-esverdeado e cheiro forte.
Estudos apontam que a tricomoníase está associada à transmissão do HIV, doença inflamatória pélvica, câncer cervical, infertilidade, parto prematuro e nascimento de bebês com baixo peso. Não sendo tratada, a infecção pode reincidir.
É importante visitar o médico a fim de obter o diagnóstico, já que essa infecção pode ser confundida com outras, como a candidíase e, portanto, a automedicação seria um erro. Provavelmente será solicitado o papanicolau, mas o profissional poderá fazer a análise das secreções no próprio consultório.
Como mesmo sem manifestar sintomas a pessoa pode estar acometida, e é capaz de contaminar outros indivíduos, é essencial seguir rigorosamente as orientações profissionais, que incluem o uso do remédio receitado, tratamento do parceiro e abstinência alcoólica e sexual, até que os mesmos sejam autorizados pelo médico.
Quanto à prevenção, o uso de camisinha, tanto masculina quanto feminina, é muito importante; em qualquer tipo de relação sexual.
quinta-feira, 17 de março de 2011
GIARDIA LAMBLIA
GIARDIA LAMBLIA/GIARDÍASE
1. Descrição da doença - doença diarréica causada por um protozoário Giardia intestinalis (mais conhecido como Giardia lamblia); nas infecções sintomáticas apresenta um quadro de diarréia crônica, esteatorréia, cólicas abdominais, sensação de distensão, podendo levar a perda de peso e desidratação. Pode haver má absorção de gordura e de vitaminas lipossolúveis. Normalmente não há invasão extraintestinal, porém, às vezes, os trofozoítos migram pelos condutos biliares ou pancreáticos e ocasionam inflamações. Algumas infecções são assintomáticas.
2. Agente etiológico - Giardia intestinalis, protozoário flagelado, foi inicialmente chamado de Cercomonas intestinalis por Lambl em 1859 e renomeado Giardia lamblia por Stiles, em 1915, em memória do Professor A. Giard, de Paris e Dr. F. Lambl, de Praga. Muitos consideram Giardia intestinalis, o nome correto para esse protozoário.
Ciclo de vida:
A infecção ocorre pela ingestão de cistos em água ou alimentos contaminados. No intestino delgado, os trofozoítos sofrem divisão binária e chegam à luz do intestino, onde ficam livres ou aderidos à mucosa intestinal, por mecanismo de sucção. A formação do cisto ocorre quando o parasita transita o cólon, e neste estágio os cistos são encontrados nas fezes (forma infectante). No ambiente podem sobreviver meses na água fria, através de sua espessa camada.
3. Ocorrência - as giardíases possuem distribuição mundial. A infecção acomete mais crianças do que adultos. A prevalência é maior em áreas com saneamento básico deficiente e em instituições de crianças que não possuem controle de seus esfíncteres. Nos Estados Unidos, a transmissão de Giardia lamblia através da água é mais freqüente em comunidades montanhosas e de pessoas que obtém água de fontes sem tratamento de filtração adequado. A giardíase prevalece em alguns países temperados e também nos países tropicais, e há infecções freqüentes de grupos de turistas, que consomem água tratada inadequadamente.
4. Reservatório - os seres humanos atuam como importante reservatório da doença e, possivelmente, animais selvagens e domésticos podem atuar como reservatórios da giardíase. Os cistos presentes nas fezes dos seres humanos são mais infectantes do que os provenientes dos animais.
5. Período de incubação - depois de um período de incubação que varia de 5 a 25 dias, com uma média de 7 a 10 dias, podem aparecer infecções sintomáticas típicas.
6. Modo de transmissão - a transmissão de Giardia lamblia de pessoa a pessoa ocorre por transferência dos cistos presentes nas fezes de um indivíduo infectado, através do mecanismo mão-boca. É provável que as pessoas infectadas porém assintomáticas (situação muito comum), são mais importantes na transmissão do agente do que aquelas pessoas que apresentam diarréia (infecção sintomática). A transmissão ocorre quando há a ingestão de água contaminada com fezes contendo o cisto, e com menor freqüência, por alimentos contaminados pelas fezes. As concentrações de cloro utilizadas para o tratamento da água não matam os cistos da Giardia, especialmente se a água for fria; água não filtrada proveniente de córregos e rios expostos a contaminação por fezes dos seres humanos e dos animais constitui uma fonte de infecção comum. A Giardia não é transmitida através do sangue. Pode ser transmitida também através da colocação de algo na boca que entrou em contato com fezes contaminada; da ingestão de água contaminada por Giardia; agua de piscinas, lagos, rios, fontes, banheiras, reservatórios de água que possam estar contaminado por fezes de animais e/ou seres humanos infectados ou através da ingestão de alimentos mal cozidos contaminado por Giardia.
7. Susceptibilidade e resistência – a taxa de portadores assintomáticos é alta e a infecção costuma ser de curso limitado. Não existem fatores específicos do hospedeiro que influenciam na resistência.
8. Conduta médica e diagnóstico - a giardíase é diagnosticada pela identificação dos cistos ou trofozoítos nas fezes; o médico deve repetir o exame pelo menos três vezes antes de fechar o diagnóstico, através de exames diretos e processos de concentração. A identificação de trofozoítos no liquido duodenal e na mucosa através da biopsia do intestino delgado pode ser um importante método diagnóstico. É muito importante que seja feito o diagnóstico diferencial com outros patógenos que podem causar um quadro semelhante. A suspeita de casos de Giardia e outras diarréias devem ser notificadas à vigilância epidemiológica local, regional ou central, para que a investigação epidemiológica seja desencadeada na busca dos fatores causadores e medidas de controle sejam tomadas. O serviço de saúde deve registrar o quadro clínico do paciente e sua história de ingestão de água e alimentos suspeitos nas últimas semanas, bem como, solicitar os exames laboratoriais necessários para os casos suspeitos.
9. Tratamento - o tratamento deve ser feito com metronidazol ou tinidazol. Apesar da doença infectar todas as pessoas, crianças e mulheres grávidas podem ser mais susceptíveis a desidratação causada pela diarréia, portanto, deve-se administrar fluiodoterapia se necessário. Furazolidona é também utilizada no tratamento de amebíases.
10. Medidas de controle - 1) notificação de surtos - a ocorrência de surtos (2 ou mais casos) requer a notificação imediata às autoridades de vigilância epidemiológica municipal, regional ou central, para que se desencadeie a investigação das fontes comuns e o controle da transmissão através de medidas preventivas (medidas educativas, verificação das condições de saneamento básico e rastreamento de alimentos). Orientações poderão ser obtidas junto à Central de Vigilância Epidemiológica - Disque CVE, no telefone é 0800-55-5466. 2) medidas preventivas – a infecção é prevenida evitando-se ingerir água ou alimentos que possam estar contaminados com as fezes; educação sanitária desempenha um importante papel na prevenção da doença; a água proveniente de abastecimentos públicos localizados em áreas de risco devem ser filtradas; etc.. 3) medidas em epidemias – a investigação epidemiológica dos casos é necessária ser feita em grupos, uma região ou instituição, para saber precisamente a fonte de infecção e o modo de transmissão; com o intuito de identificar e eliminar o veículo comum de transmissão. O controle da transmissão de pessoa-a-pessoa requer higiene rígida pessoal e disposição sanitária das fezes
1. Descrição da doença - doença diarréica causada por um protozoário Giardia intestinalis (mais conhecido como Giardia lamblia); nas infecções sintomáticas apresenta um quadro de diarréia crônica, esteatorréia, cólicas abdominais, sensação de distensão, podendo levar a perda de peso e desidratação. Pode haver má absorção de gordura e de vitaminas lipossolúveis. Normalmente não há invasão extraintestinal, porém, às vezes, os trofozoítos migram pelos condutos biliares ou pancreáticos e ocasionam inflamações. Algumas infecções são assintomáticas.
2. Agente etiológico - Giardia intestinalis, protozoário flagelado, foi inicialmente chamado de Cercomonas intestinalis por Lambl em 1859 e renomeado Giardia lamblia por Stiles, em 1915, em memória do Professor A. Giard, de Paris e Dr. F. Lambl, de Praga. Muitos consideram Giardia intestinalis, o nome correto para esse protozoário.
Ciclo de vida:
A infecção ocorre pela ingestão de cistos em água ou alimentos contaminados. No intestino delgado, os trofozoítos sofrem divisão binária e chegam à luz do intestino, onde ficam livres ou aderidos à mucosa intestinal, por mecanismo de sucção. A formação do cisto ocorre quando o parasita transita o cólon, e neste estágio os cistos são encontrados nas fezes (forma infectante). No ambiente podem sobreviver meses na água fria, através de sua espessa camada.
3. Ocorrência - as giardíases possuem distribuição mundial. A infecção acomete mais crianças do que adultos. A prevalência é maior em áreas com saneamento básico deficiente e em instituições de crianças que não possuem controle de seus esfíncteres. Nos Estados Unidos, a transmissão de Giardia lamblia através da água é mais freqüente em comunidades montanhosas e de pessoas que obtém água de fontes sem tratamento de filtração adequado. A giardíase prevalece em alguns países temperados e também nos países tropicais, e há infecções freqüentes de grupos de turistas, que consomem água tratada inadequadamente.
4. Reservatório - os seres humanos atuam como importante reservatório da doença e, possivelmente, animais selvagens e domésticos podem atuar como reservatórios da giardíase. Os cistos presentes nas fezes dos seres humanos são mais infectantes do que os provenientes dos animais.
5. Período de incubação - depois de um período de incubação que varia de 5 a 25 dias, com uma média de 7 a 10 dias, podem aparecer infecções sintomáticas típicas.
6. Modo de transmissão - a transmissão de Giardia lamblia de pessoa a pessoa ocorre por transferência dos cistos presentes nas fezes de um indivíduo infectado, através do mecanismo mão-boca. É provável que as pessoas infectadas porém assintomáticas (situação muito comum), são mais importantes na transmissão do agente do que aquelas pessoas que apresentam diarréia (infecção sintomática). A transmissão ocorre quando há a ingestão de água contaminada com fezes contendo o cisto, e com menor freqüência, por alimentos contaminados pelas fezes. As concentrações de cloro utilizadas para o tratamento da água não matam os cistos da Giardia, especialmente se a água for fria; água não filtrada proveniente de córregos e rios expostos a contaminação por fezes dos seres humanos e dos animais constitui uma fonte de infecção comum. A Giardia não é transmitida através do sangue. Pode ser transmitida também através da colocação de algo na boca que entrou em contato com fezes contaminada; da ingestão de água contaminada por Giardia; agua de piscinas, lagos, rios, fontes, banheiras, reservatórios de água que possam estar contaminado por fezes de animais e/ou seres humanos infectados ou através da ingestão de alimentos mal cozidos contaminado por Giardia.
7. Susceptibilidade e resistência – a taxa de portadores assintomáticos é alta e a infecção costuma ser de curso limitado. Não existem fatores específicos do hospedeiro que influenciam na resistência.
8. Conduta médica e diagnóstico - a giardíase é diagnosticada pela identificação dos cistos ou trofozoítos nas fezes; o médico deve repetir o exame pelo menos três vezes antes de fechar o diagnóstico, através de exames diretos e processos de concentração. A identificação de trofozoítos no liquido duodenal e na mucosa através da biopsia do intestino delgado pode ser um importante método diagnóstico. É muito importante que seja feito o diagnóstico diferencial com outros patógenos que podem causar um quadro semelhante. A suspeita de casos de Giardia e outras diarréias devem ser notificadas à vigilância epidemiológica local, regional ou central, para que a investigação epidemiológica seja desencadeada na busca dos fatores causadores e medidas de controle sejam tomadas. O serviço de saúde deve registrar o quadro clínico do paciente e sua história de ingestão de água e alimentos suspeitos nas últimas semanas, bem como, solicitar os exames laboratoriais necessários para os casos suspeitos.
9. Tratamento - o tratamento deve ser feito com metronidazol ou tinidazol. Apesar da doença infectar todas as pessoas, crianças e mulheres grávidas podem ser mais susceptíveis a desidratação causada pela diarréia, portanto, deve-se administrar fluiodoterapia se necessário. Furazolidona é também utilizada no tratamento de amebíases.
10. Medidas de controle - 1) notificação de surtos - a ocorrência de surtos (2 ou mais casos) requer a notificação imediata às autoridades de vigilância epidemiológica municipal, regional ou central, para que se desencadeie a investigação das fontes comuns e o controle da transmissão através de medidas preventivas (medidas educativas, verificação das condições de saneamento básico e rastreamento de alimentos). Orientações poderão ser obtidas junto à Central de Vigilância Epidemiológica - Disque CVE, no telefone é 0800-55-5466. 2) medidas preventivas – a infecção é prevenida evitando-se ingerir água ou alimentos que possam estar contaminados com as fezes; educação sanitária desempenha um importante papel na prevenção da doença; a água proveniente de abastecimentos públicos localizados em áreas de risco devem ser filtradas; etc.. 3) medidas em epidemias – a investigação epidemiológica dos casos é necessária ser feita em grupos, uma região ou instituição, para saber precisamente a fonte de infecção e o modo de transmissão; com o intuito de identificar e eliminar o veículo comum de transmissão. O controle da transmissão de pessoa-a-pessoa requer higiene rígida pessoal e disposição sanitária das fezes
terça-feira, 1 de março de 2011
GIARDÍASE
A giardíase, também conhecida por lambliose, é uma infecção intestinal causada pelo protozoário flagelado Giardia lamblia. Ele pode se apresentar em forma de cisto ou trofozoíto, sendo que a primeira é a responsável por causar diarreia crônica com cheiro forte, fraqueza e cólicas abdominais no hospedeiro (cão, gato, gado, roedores, ser humano, dentre outros), graças às toxinas que libera. Essas manifestações podem gerar um quadro de deficiência vitamínica e mineral e, em crianças, pode causar a morte, caso não sejam tratadas.
Ocorre em todo o mundo mas é mais frequente em regiões onde as condições sanitárias e de higiene são precárias.
Os protozoários são transmitidos pela ingestão dos cistos oriundos das fezes de indivíduo contaminado, podendo estar presentes na água, alimento, nas mãos, e até mesmo de sexo oral-anal. Moscas e baratas também podem transportá-los. No estômago, dão origem aos trofozoítos. Esses colonizam o intestino delgado, se reproduzem e seus descendentes, após sofrerem processo de encistamento, são liberados para o exterior do hospedeiro, quando este defecar. O período de incubação é entre uma e quatro semanas e a infecção pode ser assintomática.
O diagnóstico é feito via exame de fezes ou, em casos raros, biópsia de material duodenal. A prevenção é feita adotando-se hábitos de higiene, como lavar as mãos após ir ao banheiro, trocar fraldas, brincar com animais e antes de comer ou preparar alimentos; ingerir unicamente água tratada; higienizar os alimentos antes do consumo e cura dos doentes. Vale lembrar que o cloro não mata os cistos e que, portanto, alimentos ou água tratados unicamente com cloro não impedem a infecção por este protozoário.
O tratamento pode ser feito com uso de fármacos receitados pelo médico. Adultos que têm contato mais próximo com crianças e pessoas que trabalham no setor alimentício devem se afastar de suas funções até a cura total.
Ocorre em todo o mundo mas é mais frequente em regiões onde as condições sanitárias e de higiene são precárias.
Os protozoários são transmitidos pela ingestão dos cistos oriundos das fezes de indivíduo contaminado, podendo estar presentes na água, alimento, nas mãos, e até mesmo de sexo oral-anal. Moscas e baratas também podem transportá-los. No estômago, dão origem aos trofozoítos. Esses colonizam o intestino delgado, se reproduzem e seus descendentes, após sofrerem processo de encistamento, são liberados para o exterior do hospedeiro, quando este defecar. O período de incubação é entre uma e quatro semanas e a infecção pode ser assintomática.
O diagnóstico é feito via exame de fezes ou, em casos raros, biópsia de material duodenal. A prevenção é feita adotando-se hábitos de higiene, como lavar as mãos após ir ao banheiro, trocar fraldas, brincar com animais e antes de comer ou preparar alimentos; ingerir unicamente água tratada; higienizar os alimentos antes do consumo e cura dos doentes. Vale lembrar que o cloro não mata os cistos e que, portanto, alimentos ou água tratados unicamente com cloro não impedem a infecção por este protozoário.
O tratamento pode ser feito com uso de fármacos receitados pelo médico. Adultos que têm contato mais próximo com crianças e pessoas que trabalham no setor alimentício devem se afastar de suas funções até a cura total.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
AMEBIASE EXTRA INTESTINAL
Amebíase Extra-Intestinal
1. Amebíase hepática aguda não-supurativa e necrose coliquativa.
2. Amebíase cutânea
3. Amebíase de outros órgãos: pulmão, cérebro, baço, etc.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
O diagnóstico laboratorial de E. histolytica é feito tradicionalmente através do exame parasitológico das fezes, em que geralmente são encontrados de cistos em fezes consistentes e trofozoítas em fezes diarréicas ou semidiarréicas.
Alguns aspectos devem ser considerados no auxílio do diagnóstico de E. histolytica , o tipo de recipiente utilizado par a coleta deve ser o fabricado especialmente para o transporte de amostras fecais, que normalmente são fornecidos pelo próprio laboratório. A quantidade de amostra para a análise deverá ser em torno de 30g, pois pequenas quantidades de fezes poderão não ser suficientes para um diagnóstico seguro. O tempo entre a coleta e a análise deverá ser breve não ultrapassando 30minutos. O material deverá ainda ser preservado fazendo o uso de fixadores específicos (MIF, APV, E SAF), quando o tempo de análise ultrapassar os trinta minutos. O número de amostras a ser coletado deve ser se possível várias coletas em dias alternadas, que irão propiciar um maior percentual de resultados positivos. Ainda devemos considerar a análise macroscópica das fezes, considerando-se a consistência, a cor e o aspecto líquido com muco e sangue deverão ser observados e anotados na ficha do paciente.
Pesquisa direta do parasita nas fezes
· Método Direto a Fresco Utilizando Salina à 37°
A pesquisa direta, tem como objetivo pesquisar formas móveis de amebas nas fezes.
A técnica consiste em colocar uma pequena porção de fezes misturada com a salina entre lâmina e lamínula, dando preferência às partes mucosanguinolentas quando presentes, e observar ao microscópio num aumento de 400x, em busca de presença de formas móveis de amebas, bem como o tipo de movimento apresentado pelo microrganismo. As formas móveis observadas emitem pseudópodes finos, longos e rápidos partindo de vários pontos do corpo do parasito. Pode ainda ser observado um ectoplasma é hialino e distinto, o endoplasma é granuloso e de fácil observação, os vacúolos digestivos, que podem aparecer com hemácias fagocitadas ou com conteúdos hemoglobínicos, são bem observados no endoplasma. O núcleo, normalmente não é observado nas preparações à fresco.
· Método Direto a Fresco Corado Pelo Azul de Metileno
Esse método tem por objetivo pesquisar formas vegetativas de amebas em fezes diarréicas, procurando evidenciar suas estruturas citoplasmáticas e nucleares. Observa-se uma perfeita distinção entre o ectoplasma e o endoplasma, o primeiro corado em azul claro e o segundo mais fortemente corado, observando-se vacúolos digestivos contendo uma ou várias hemácias coradas em azul escuro. O cariossoma apresenta-se como um pequeno ponto central ou ocasionalmente excêntrico corado em azul escuro.
· Método de Coloração Pela Tionina (identifica formas vegetativas e císticas)
· Método de Coloração Pelo Triocrômio (identifica cistos e trofozoítos)
Quando a fixação do esfregaço é adequada, observam-se com clareza as estruturas citoplasmáticas e nucleares dos protozoários e o citoplasma cora de verde azulado. Já a cromatina nuclear dos trofozoítos e dos cistos, bem como os corpos cromatóides dos cistos, hemácias e bactérias dentro dos trofozoítos coram em vermelho púrpura. Outros materiais existentes no esfregaço como leveduras, células teciduais, etc. tomam uma cor verde. Os cistos de E. histolytica tomam uma cor púrpura menos acentuada que os cistos da E. coli.
· Pesquisa de Cistos nas Fezes Pelo Método de Faust
Este método fundamenta-se em uma diferença de densidade em que os cistos flutuam quando tratados por uma solução de sulfato de zinco a 33% com densidade 1,180. Permite a identificação de cistos, que são corados com lugol.
· Técnica de Coloração por Hematoxilina Férrica
A hematoxilina férrica utilizando fezes preservadas é sem dúvida, o método que maior segurança oferece na identificação e no diagnóstico da E. histolytica.
Os trofozoítas apresentam uma cor cinza-azulada, diferenciando-se de estruturas de tonalidades escuras. Seu tamanho varia entre 15 a 60 micra.
O citoplasma é distinto e observa-se uma nítida diferenciação entre o ectoplasma e o endoplasma, principalmente se a forma observada estava emitindo pseudópodes quando da sua fixação. O ectoplasma apresenta-se hialino com uma coloração cinza-clara, diferenciando-se do endoplasma, que se apresenta granuloso e mais intensamente corado. No seu interior pode-se observar uma ou mais hemácias coradas de negro, evidenciadas nitidamente por um halo claro em toda sua parte externa. O núcleo geralmente não é central, permanecendo em local afastado da emissão dos pseudópodes, corando suas estruturas em negro. O cariossoma geralmente é central, mais corado, os grânulos de cromatina são escuros e distribuídos uniformemente no interior da membrana nuclear.
A forma pré-cistica é geralmente esférica, podendo apresentar-se oval, corando em azul-acinzentado e não apresentando diferenciação entre o ectoplasma e o endoplasma. O vacúolo ocupa 2/3 do parasito, que é o vacúolo de glicogênio, pouco corado. Os corpos cromatóides, corados em negro, se apresentam como um ou dois bastonetes de tamanhos diferentes. O núcleo se apresenta um pouco maior na forma pré-cistica. O cariosoma é grande, de aspecto geralmente uniforme.
Já nos cistos pode-se observar uma nítida membrana cística corada em negro e o citoplasma se apresenta em uma cor cinza-azulada contendo um vacúolo de glicogênio grande e não corado. Os corpos cromatóides, mais freqüentes nos cistos imaturos, coram em negro e apresentam-se em quantidades variáveis, porém dificilmente são observados nos cistos tetranucleados.
Pesquisa de Amebas nos Tecidos
A pesquisa de E. histolytica nos tecidos é realizada através da coleta do material por biópsia, e examinada imediatamente a fresco e após coloração especial.
Pesquisa de Amebas nos Exsudatos
As formas vegetativas de E. histolytica poderão ser encontradas nos exsudatos (escarro, vômitos e principalmente em material coletado por punção de abscesso hepático). A amostra deve ser examinada a fresco e corada pela hematoxilina férrica.
Testes Imunológicos
Os testes imunológicos são positivos em 95% dos casos de pacientes com abscesso hepático amebiano, em 70% dos pacientes com amebíase intestinal invasiva. As técnicas imunológicas mais usadas atualmente são hemaglutinação indireta reação de fixação do complemento, aglutinação do latéx, imunofluorescência indireta e ELISA.
A reação de hemaglutinação e a fixação do complemento são muito sensíveis, tendo o inconveniente de deixar dúvidas se a infecção é recente ou antiga, sendo que por estas técnicas não é possível avaliar se os anticorpos são da fase crônica ou aguda.
O teste de aglutinação do látex é cara e não tão sensível quanto ao da hemaglutinação.
A imunofluorescência indireta é um método muito bom, com boa sensibilidade e especificidade, porém os títulos são baixos em todas as fases da amebíase ulcerada.
O ELISA é o teste mais usado, pois é de fácil execução e muito sensível.
AMEBÍASE INTESTINAL
AMEBÍASE INTESTINAL Nomes alternativos:
disenteria amebiana, amebíase intestinal
Definição:
Infecção do intestino grosso provocada por um parasita minúsculo (ameba).
Causas, incidência e fatores de risco:
O parasita pode viver no intestino grosso sem provocar doenças ou pode invadir a parede do cólon, provocando colite, disenteria aguda ou diarréia crônica. A infecção também pode se propagar pelo sangue para o fígado e, raramente, para os pulmões, cérebro ou outros órgãos. A amebíase está presente no mundo todo, mas é mais comum em áreas tropicais, onde as condições de moradia em que as pessoas vivem apinhadas e as condições de saneamento ineficiente são propícias. A África, a América Latina, a Ásia Oriental e a Índia têm problemas de saúde significativos associados a essa doença. Nos EUA, a amebíase é vista com freqüência cada vez maior entre os homens homossexuais.
A transmissão ocorre por meio da ingestão dos cistos na comida ou água contaminada pelas fezes, uso de fezes humanas como fertilizante e contato de pessoa para pessoa. Baratas e moscas domésticas também podem propagar os cistos. (Há uma estimativa de 50 milhões de casos de amebíase no mundo todo, com 40.000 a 50.000 mortes por ano).
Os sintomas típicos da amebíase intestinal consistem em diarréia freqüente com cólicas ou dor abdominal na forma de cólica. A dor ao evacuar (tenesmo) é comum. A diarréia pode conter sangue ou muco. Ataques não complicados podem durar até duas semanas e as recorrências são comuns, a menos que seja feito o diagnóstico e a pessoa seja tratada. A propagação da ameba para a parede do cólon pode ocorrer em cerca de 8% a 10% dos casos e para o fígado em aproximadamente 1%.
A transmissão ocorre por meio da ingestão dos cistos na comida ou água contaminada pelas fezes, uso de fezes humanas como fertilizante e contato de pessoa para pessoa. Baratas e moscas domésticas também podem propagar os cistos. (Há uma estimativa de 50 milhões de casos de amebíase no mundo todo, com 40.000 a 50.000 mortes por ano).
Os sintomas típicos da amebíase intestinal consistem em diarréia freqüente com cólicas ou dor abdominal na forma de cólica. A dor ao evacuar (tenesmo) é comum. A diarréia pode conter sangue ou muco. Ataques não complicados podem durar até duas semanas e as recorrências são comuns, a menos que seja feito o diagnóstico e a pessoa seja tratada. A propagação da ameba para a parede do cólon pode ocorrer em cerca de 8% a 10% dos casos e para o fígado em aproximadamente 1%.
A desnutrição, o alcoolismo e a imunossupressão predispõem a pessoa à doença mais grave. Uma viagem recente a uma região tropical é um fator de risco. Nos EUA, pessoas com deficiência mental internadas em instituições e homens homossexuais são considerados grupos de alto risco.
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
PARASITA HOSPEDEIRO
Parasitas são organismos que vivem em associação com outros aos quais retiram os meios para a sua sobrevivência, normalmente prejudicando o organismo hospedeiro, um processo conhecido por parasitismo.
Todas as doenças infecciosas e as infestações dos animais e das plantas são causadas por seres considerados, em última análise, parasitas.
O efeito de um parasita no hospedeiro pode ser mínimo, sem lhe afectar as funções vitais, como é o caso dos piolhos, até poder causar a sua morte, como é o caso de muitos vírus e bactérias patogénicas. Neste caso extremo, o parasita normalmente morre com o seu hospedeiro, mas em muitos casos, o parasita pode ter-se reproduzido e disseminado os seus descendentes, que podem ter infestado outros hospedeiros, perpetuando assim a espécie.
Algumas espécies são parasitas apenas durante uma fase do seu ciclo de vida: o cuco, por exemplo, é parasita de outra ave apenas na fase de ovo e juvenil, enquanto que os adultos têm vida independente.
Classificação
Os parasitas podem classificar-se segundo a parte do corpo do hospedeiro que atacam:
- Ectoparasitas atacam a parte exterior do corpo do hospedeiro; e
- Endoparasitas vivem no interior do corpo do hospedeiro.
- Hemoparasita parasita que vive na corrente sangüínea.
Outra forma de classificar os parasitas depende dos hospedeiros e da relação entre parasita e hospedeiro:
- Parasitas obrigatórios só vivem se tiverem hospedeiro, como os vírus
- Parasitas facultativos não dependem do hospedeiro para sobreviver, e sim optam por parasitá-lo.
Os parasitas obrigatórios são considerados mais adaptados para o parasitismo que os facultativos, uma vez que possuem adaptações para isso. Muitas vezes, um hospedeiro obrigatório desenvolve defesas contra um parasita e, se o parasita consegue desenvolver um mecanismo para ultrapassar essas defesas, pode levar a um processo chamado co-evolução. Os parasitas mais comuns são: os vírus, as bactérias, os vermes, os artrópodes e os protozoários
Adaptações do parasita
As adaptações ao parasitismo são assombrosas - desde a transformação das probóscides dos mosquitos num aparelho de sucção, até à redução ou mesmo desaparecimento de praticamente todos os órgãos, com excepção dos órgãos da alimentação e os reprodutores, como acontece com as ténias e lombrigas.
Alguns parasitas são de tal forma modificados que se torna difícil associá-los a espécies afins que têm vida livre, como acontece com muitos crustáceos (por exemplo, o rizocéfalo).
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